
Maria José Dionísio
Nascida em Torres Vedras na década de 50, cedo aprendeu por grande exemplo familiar, que só o trabalho honesto proporciona uma mente sã, e uma vida digna! Fez o percurso académico no liceu local, destacando-se pela dinâmica e vivacidade natural que imprimia na sua conduta diária. No desporto, encontrou a forma de extravasar toda a sua energia, e também aí marcou pontos, deixando o seu nome gravado na história do Basquetebol feminino. Escolheu cursar Medicina. A sua vocação era inata, diz quem estudou a seu lado, mas a este sonho, sobrepôs-se a importância de ser mãe,uma causa que abraçou de corpo e alma até aos dias de hoje. Foi empresária durante vários anos, com a contínua energia de sempre, que põe em tudo o que faz. Nunca deixou a vontade de ser útil ao próximo….talvez o voluntariado, se o tempo não fosse escasso, para quem aprendeu a acrescentar horas aos dias. Mas, nada acontece por acaso, e o seu papel de mãe, aproxima-a de um trabalho jornalístico sobre crianças com diferenças. Rapidamente, a causa a apaixona-a, e leva- a propor mais….de esclarecer e ser esclarecida, de mexer com a causa social! Cresce a empatia por causas nobres, como as despoletadas pela reportagem, sobre a escravatura e o resgate dos meninos do Gana. Hoje abraça uma causa nacional, amplamente divulgada com o tema “ Filhos do Coração”.Têm-se movido montanhas, mobilizado gente anónima e desconhecida que passou a interagir pelo mesmo motivo. Há sempre um dia, em que a verdadeira vocação emerge naturalmente, ganha asas e enche a alma e o coração. Perdeu-se uma boa médica, mas ganhou-se uma mulher que desconhece a palavra FIM.